Vereadora e servidor são indiciados pela Polícia Civil após quase deixarem o cofre de Câmara zerado com esquema de corrupção

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Segundo a Polícia Civil, eles desviaram quase R$ 100 mil da Câmara Municipal de São Miguel do Tocantins entre janeiro e março de 2019. Dupla foi indiciada por peculato e fraude. Acidente aconteceu em povoado de São Miguel do Tocantins
Reprodução/Google Maps
A Polícia Civil concluiu as investigações sobre um esquema de corrupção que desviou quase R$ 100 mil dos cofres da Câmara Municipal de São Miguel do Tocantins, na região do Bico do Papagaio. O chefe de controle interno e uma vereadora, ex-presidente da casa, foram indiciados por peculato e fraude em licitação. De acordo com a investigação, eles subtraíram quase todo dinheiro da Câmara.
Os nomes dos investigados não foram divulgados pela polícia. O g1 solicitou posicionamento para a Câmara, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
Segundo a polícia, os desvios ocorreram entre janeiro e março de 2019. A investigação da 16ª Delegacia de Polícia Civil de São Miguel do Tocantins começou depois que a vereadora deixou a presidência da casa e o rombo nas contas foi descoberto.
“Durante as investigações, apurou-se que a presidente e a tesoureira passaram a senha pessoal para que o chefe do controle interno tivesse total acesso e controle sobre as finanças da câmara”, explicou o delegado Antônio Bandeira.
Os investigadores verificaram que foram realizadas inúmeras transferências bancárias no período investigado. O dinheiro foi mandado diretamente para a conta dos investigados e de terceiros, subtraindo quase todo dinheiro da Câmara.
Para dar transparência às transações fraudulentas, os investigados falsificaram dados contábeis como notas de empenho, notas de liquidação, ordem de pagamento, além de documentação simulando viagens e presença em cursos.
Conforme a polícia, somente as guias de previdência fraudadas resultaram em um prejuízo superior a R$ 25 mil. Durante as investigações também ficou constatado que houve dispensa de licitações em alguns contratos.
A ex-vereadora foi indiciada pelos crimes de peculato, falsificação de documento público e fraude a licitação, cujas penas somadas ultrapassam os 21 anos de prisão. O chefe de controle interno vai responder por peculato e falsificação de documento público. Os dois já foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público.
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Fonte: G1 Tocantins